Ferramentas certas, treino simples e rotina bem definida transformam intenção em voz para crianças e adultos com TEA
O que é CAA e por que importa
A CAA é a Comunicação Aumentativa e Alternativa. Ela reúne estratégias e recursos que complementam ou substituem a fala.
Para pessoas com autismo não verbal, a CAA amplia possibilidades de expressão, reduz frustrações e favorece participação em casa e na escola.
Principais recursos da CAA
As opções vão de pictogramas e fotos a prancha de comunicação de baixa tecnologia. Há também aplicativos e dispositivos com voz sintetizada.
A escolha depende do perfil sensorial, da idade e do contexto. O objetivo é tornar a comunicação compreensível e constante no dia a dia.
CAA atrapalha a fala? Evidências indicam o contrário
Pesquisas e diretrizes internacionais apontam que a CAA não impede o desenvolvimento da fala.
Ao contrário, dar um caminho de comunicação funcional reduz ansiedade e organiza a linguagem. Quando a fala surge, ela convive com os recursos.
Como começar em casa: passos simples para pais
Inicie com vocabulário essencial: água, banheiro, dor, pausa, quero. Mostre como apontar e modele frases curtas (“EU + QUERO + ÁGUA”).
Mantenha os símbolos ao alcance e use-os em situações reais. Reforce toda tentativa com elogio específico e acesso ao que foi pedido.
Rotina visual e previsibilidade fazem diferença
Quadros com “agora/depois” e sequências de atividades reduzem sobrecarga sensorial.
Timers visuais ajudam nas transições. Com previsibilidade, a pessoa dedica energia à comunicação, não ao controle do ambiente.
Parceria com a escola e a rede de cuidados
Família e escola devem usar os mesmos símbolos e metas. Um plano comum acelera a aprendizagem.
Defina objetivos observáveis, como “pedir água com prancha de comunicação três vezes ao dia”. Revise registros e ajuste estratégias.
Ajustes do ambiente para a resposta aparecer
Luzes intensas, ruídos e cheiros fortes atrapalham. Crie um canto calmo para comunicar.
Use mesa organizada, contraste nos cartões e posição em ângulo suave, sem pressão. Menos estímulos favorecem atenção conjunta.
Segurança e autonomia como prioridade
Estabeleça sinais claros para dor, barulho, quero sair e agora não. Esses códigos protegem e previnem crises.
Permita recusas educadas. Dizer “não” é parte da comunicação e fortalece a autonomia.



