Autismo em adolescentes: 7 sinais que não podem ser ignorados

Reconhecer cedo o Transtorno do Espectro Autista melhora inclusão, desempenho escolar e qualidade de vida

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode se manifestar de formas diversas na adolescência. Inicialmente, as mudanças hormonais e as novas demandas sociais tendem a tornar certos comportamentos mais visíveis. Assim, famílias e escolas ganham um papel decisivo: observar rotinas, registrar padrões e buscar avaliação especializada quando necessário. Consequentemente, o diagnóstico preciso e o suporte adequado ampliam autonomia e reduzem conflitos.

1. Dificuldade de socialização

Adolescentes com autismo em adolescentes podem ter obstáculos para iniciar conversas e manter amizades. Além disso, costumam preferir temas de interesse restrito e evitam trabalhos em grupo. Por isso, mediação de pares e atividades estruturadas ajudam a promover pertencimento.

2. Comunicação restrita ou pouco clara

Muitos jovens interpretam mensagens de forma literal. Em seguida, surgem mal-entendidos com ironias e duplos sentidos. Nesse cenário, instruções escritas e exemplos objetivos reduzem ruídos e melhoram o engajamento.

3. Comportamentos repetitivos

Rotinas rígidas e comportamentos repetitivos funcionam como autorregulação. No entanto, mudanças inesperadas — troca de salas ou de horários — podem gerar ansiedade. Portanto, avisos prévios e quadros de rotina oferecem previsibilidade e evitam crises.

4. Hipersensibilidade sensorial

Alguns adolescentes têm hipersensibilidade sensorial a som, luz, cheiros ou texturas. Por outro lado, pequenas adaptações — protetores auriculares, iluminação mais suave e roupas confortáveis — reduzem estresse e favorecem a permanência em sala.

5. Alterações emocionais

Crises de choro, ansiedade intensa e dificuldade para lidar com frustrações ocorrem após sobrecarga. Dessa forma, intervalos programados e estratégias de respiração ajudam a recuperar o controle. Além disso, roteiros antecipando mudanças diminuem imprevisibilidade.

6. Desempenho escolar desigual

É comum apresentar altos resultados em uma disciplina e baixo rendimento em outra. Assim, avaliações adaptadas, prazos negociados e recursos multissensoriais equilibram expectativas. Adicionalmente, clubes de matemática, robótica ou artes valorizam talentos.

7. Autonomia cotidiana

Muitos adolescentes no TEA têm desafios de funções executivas: planejar tarefas, organizar materiais e priorizar demandas. Portanto, checklists visuais, lembretes digitais e supervisão gradativa constroem independência e, por fim, reduzem conflitos domésticos.

Diagnóstico e cuidados

O Transtorno do Espectro Autista exige diagnóstico clínico e multidisciplinar. Em síntese, pediatria, psiquiatria da infância, psicologia e fonoaudiologia definem intervenções personalizadas (habilidades sociais, terapia ocupacional, fono e psicoterapia). Consequentemente, escola e família alinham rotinas e registram ajustes pedagógicos, o que sustenta progresso mensurável.

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria

Confira também