Transtorno do Espectro Autista afeta milhões de brasileiros e exige informação para reduzir preconceitos
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento neurológico que compromete a comunicação, a interação social e provoca padrões de comportamento repetitivos. O termo “espectro” é utilizado porque os sintomas aparecem em diferentes intensidades. Assim, algumas pessoas manifestam sinais leves e conseguem autonomia em grande parte da vida, enquanto outras precisam de apoio constante para realizar tarefas diárias.
Nos últimos anos, o número de diagnósticos aumentou significativamente. Isso ocorreu porque o acesso à informação se ampliou e a medicina avançou nos métodos de identificação. Estima-se que, no Brasil, pelo menos 2 milhões de pessoas estejam dentro do espectro, o que reforça a necessidade de políticas públicas e maior conscientização social.
Sinais e diagnóstico do TEA
Entre os sinais mais frequentes do TEA, médicos e especialistas citam atraso na fala, dificuldade em manter contato visual, resistência a mudanças de rotina e interesse restrito em determinados assuntos. Embora seja comum detectar os sintomas ainda na infância, muitos casos só recebem diagnóstico na adolescência ou até mesmo na vida adulta.
O processo de avaliação exige uma equipe multidisciplinar formada por médicos, psicólogos e fonoaudiólogos. Quando o diagnóstico é feito cedo, as chances de intervenção aumentam. Dessa forma, a pessoa pode desenvolver habilidades e melhorar a qualidade de vida.
Tratamentos e inclusão social
Embora o TEA não tenha cura, existem diversas formas de tratamento. A terapia ocupacional, a fonoaudiologia e o acompanhamento psicológico estão entre os recursos mais recomendados. Além disso, especialistas reforçam que cada plano terapêutico precisa ser adaptado às necessidades individuais, já que cada pessoa apresenta desafios específicos.
Outro ponto fundamental é a inclusão social. Escolas, empresas e órgãos públicos devem adotar práticas acessíveis e ambientes adaptados. A legislação brasileira garante direitos, como prioridade em atendimentos e benefícios específicos para famílias. No entanto, especialistas ressaltam que informação e conscientização são os instrumentos mais eficazes para combater o preconceito.
Assim, compreender o que significa o Transtorno do Espectro Autista é essencial para que a sociedade ofereça apoio, respeito e condições dignas a todos que fazem parte do espectro.
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria
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